Marcelo Dunlop está no quarto livro na carreira
Marcelo Dunlop nunca escondeu de ninguém duas paixões na vida: contar boas histórias e não perder um jogo do Flamengo. Além disso, o jornalista e escritor rubro-negro decidiu pegar no word um desses causos e transformar em obra literária. Trata-se do livro ‘O Homem que morava no Maracanã’, pela editora Escriba.
Segundo o autor, o enredo que é título da obra literária é um pequeno pedaço da história de Ovídio Vieira Vita, o dito homem que morava no Maracanã. Torcedor do Fluminense e funcionário do estádio, o tricolor vivia embaixo da alegre e barulhenta torcida do Flamengo.
— Quando fui à Gávea prestar as homenagens ao treinador campeão brasileiro em 1987 e 1992, tive a sorte de tomar chope com ele no Leblon uns dias antes da morte dele. O livro fecha com a despedida a uma grande amiga, a cronista Vivi Mariano, que partiu cedo demais. Acho que ela estava por perto quando escrevi, pois é minha melhor crônica até hoje – e acho até que vou parar, pois melhor não fica e não quero mais perder amigos – revelou emocionado ao lembrar que há uma crônica no velório de Carlinhos Violino (1937-2015) no livro.
— O homem que não voltou de Lima, por exemplo, é um carioca que estava na pior no Rio, pegou uma carona até o Peru para ver Flamengo x River Plate e ficou de vez. Há muitas histórias que a gente ouve na arquibancada que são quase fábulas, o pessoal nem acredita, acha que é insanidade ou criatividade. Mas aconteceram. Claro que há pequenos contos de ficção, diálogos inventados, cartas do além, mas sempre parto de algo que vivemos nas arquibancadas – frisou.
No entanto, muito antes de lançar o livro, Marcelo Dunlop fez questão de explicar ao Voz do Ninho, como começou a paixão pelo mundo literário. Para o jornalista, escritor e torcedor rubro-negro, a Libertadores de 2017 abriu-lhe portas para poder mostrar a potente escrita.
— Foi na Argentina, quando o Flamengo era treinado por Zé Ricardo, em 2017. O Mais Querido tomou um pau federal para o San Lorenzo (ARG), por 2 a 1, e escrevi umas bobagens para desopilar e o povo gostou. O texto me abriu portas para colaborar com o portal República Paz & Amor, com os grandes Arthur Muhlenberg, Nivinha Richa, Jorge Murtinho, Vivi Mariano e Arnaldo Branco, ou seja, a tropa toda do portal República Paz & Amor – contou ao Voz do Ninho, e lembrou que Ruy Castro mandou na contracapa: “Ao jogar futebol com as palavras, Marcelo Dunlop bota a bola onde quer’. Depois dessa, devia ter parado. Mas o Fialho não deixa”, diverte-se.
Quem é Marcelo Dunlop
Formado em Comunicação Social na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) em 2002, Marcelo Dunlop foi estagiário no jornal O Globo. O primeiro projeto foi a concepção, edição e produção de ‘Veríssimas’, pela editora Objetiva, em 2016, antologia comemorativa aos 80 anos de Luís Fernando Verissimo.
Em 2020, o escritor rubro-negro publicou o ‘Crônicas Flamengas’, pela editora Escriba. Um livro que reuniu histórias sobre o Flamengo entre 2017 e 2019. No início de 2023, o jornalista lançou a antologia de frases ‘O mau humor de chuteiras’, da editora Mórula.
E agora, ‘O Homem que morava no Maracanã, parceria reeditada com a editora Escriba. Interessados por entrar no site e reservar um exemplar.