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    Flamengo perde a liderança em partida apagada do time “misto” contra o São Paulo

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    Em partida válida pelo Campeonato Brasileiro 2024, o time do Flamengo acabou por ser derrotado pelo São Paulo Futebol Clube, pelo placar de 1×0, gol de Calleri.

    Dessa forma, perdeu também o posto de primeiro lugar do torneio, já que o Botafogo fez o dever de casa vencendo a partida contra o lanterna do campeonato.

    Vale (obviamente) lembrar que o Mengão tem uma partida a menos que os outros times bem colocados, além disso, o time comandado por Luis Zubeldia não é ruim, ao contrário. O São Paulo costuma enroscar para os times adversários, sobretudo os mais fortes como o Flamengo de Tite, ainda mais em casa.

    No entanto, a postura do time flamenguista e a escalação inicial davam conta de que essa partida não era a prioridade, ao menos não pelo momento, o que não faz sentido algum, visto que o Flamengo não vence o Campeonato Brasileiro desde 2020.

    O onze inicial

    Pode se falar qualquer coisa, podem haver tentativas de disfarçar qual é o maior foco do Flamengo, mas fato é que Tite claramente priorizou a Copa do Brasil, mesmo que ele e os membros da diretoria não assumam isso.

    Apesar de todo o rame-rame do técnico Adenor Bachi, que não dá galho dentro assumindo o óbvio, a mobilização maior em nível hierárquico é para jogar contra o Palmeiras no meio de semana.

    O time de futebol do Flamengo conseguiu entrar mal contra o São Paulo, com uma escalação desfigurada, cheia de jogadores que não vinham jogando.

    Entradas como a de Bruno Henrique se fizeram obviamente necessárias, afinal, Everton Cebolinha, a atual opção ofensiva e rápida pela ponta, estava fora.

    Além dele, Luiz Araújo foi impedido de jogar, graças a  um erro crasso da arbitragem, que deu um cartão amarelo para ele na partida passada contra o Atlético-GO, achando que ele fazia corpo mole para sair, sendo que nem substituído ele foi.

    Todos souberam do erro, mas o cartão não foi retirado durante a partida, tampouco depois. Dessa forma, ele cumpriu suspensão, de forma injusta.

    A realidade é que Luiz Araújo tem sido uma válvula de escape para o time de Tite. Extremamente útil taticamente, uma boa opção na parte defensiva, já que volta para marcar mais do que os seus pares, além de ser um belo desafogo ofensivo.

    Dessa forma, era esperado que BH entrasse, mesmo voltando de lesão, mesmo não estando 100%. O desempenho aquém era esperado. Dele não há muito o que cobrar.

    O senhor Gabriel Garbosa, o Gabigol

    O desempenho ridículo pode ser cobrado principalmente em um nome dos que estavam em campo: Gabi!

    O time do Flamengo quase não chutou a gol. Segundo dados do Sofascore, o Mengão fez 8 finalizações contra 15 do adversário. Chutes na direção do gol foram 0 da parte do rubro-negro e 3 do tricolor.

    Foi muito pouco e o senhor Gabriel Barbosa, que recentemente pediu minutos para provar o seu valor nada fez.

    O camisa 99 teve 90 minutos para jogar, não saiu, foi o único da formação de ataque que foi mantido em campo o tempo inteiro. Gabigol foi nulo.

    Infelizmente  parece incapaz de desequilibrar, ainda jogou longe do gol, mesmo que não seja obviamente um centro avante clássico.

    Com as entradas de Gerson, Arrascaeta, Lorran e Victor Hugo, ele foi avançado para a área, mas nem assim conseguiu fazer algo. É preciso alguma autocrítica.

    Curiosamente, esse cronista pediu um tempo atrás, que durante a execução da Copa América, Gabriel fosse utilizado mais atrás, possivelmente no meio-campo, como dito aqui.

    No entanto, ele esteve às voltas em brigas nas redes sociais, em entreveros não oficiais contra a diretoria, flertando com o Corinthans, Palmeiras ou com o Cruzeiro, tweetando demais, preocupado mais em hitar na internet e menos em ajudar o Flamengo, que teve em alguns jogos 10 desfalques.

    A prioridade era ele, não o time, como aliás tem sido o cotidiano do compositor e trapper, autor do hit indiscutível Sei Lá.

    Essa não é a postura de um ídolo, mas vá lá, discutindo apenas o presente, seu desempenho foi ridículo.

    O atacante ficou mais marcado por ter errado o tempo de uma bola do que por seu desempenho ofensivo. Estava claramente com dificuldade de prosseguir em jogadas de ataque.

    Jogou atrás de Carlinhos, que foi o centroavante de fato. Pouco criou, foi estabanado. Faltou a ele decidir, faltou a ele não se garantir apenas no nome ou nos lampejos que teve, ao dar uma assistência a esse mesmo Carlinhos alguns jogos atrás, ou marcando gols  em goleadas ou em bolas paradas.

    A questão Léo Ortiz

    Outra “polêmica” foi a escalação do caro zagueiro oriundo do Bragantino, o senhor Léo Ortiz, que mais uma vez jogou fora de posição.

    É simplesmente um delírio da torcida pedir para ele ser titular na função de volante.

    Ele quebrou um galho, quando o time não tinha Pulgar. Jogava eventualmente com Allan, que se recuperava de lesão, com Igor Jesus sendo outra opção, garoto que se machucou logo nos primeiros momentos da maratona de nove jogos em que o Flamengo estaria com os cinco convocados.

    Dessa forma, ele que deveria revezar, não o fez. Acabou sendo titular na maior parte do tempo.

    Ortiz é um jogador caro, possivelmente o melhor da posição, do ponto de vista técnico pelo menos, perdendo nesse quesito apenas para David Luiz, que é veterano e ainda deu o azar de fazer uma das piores partidas com a camisa vermelha e preta – ele errou quase tudo que tentou, inclusive no gol de Calleri.

    No entanto, Ortiz só é colocado na fogueira, em uma posição que não desempenha frequentemente, pelo menos não desde a época de base.

    É preciso urgentemente colocar ele na zaga. Quando teve chance de jogar assim, foi muito bem, como na partida contra o Atlético de Goiás.

    Coletiva e cobranças

    Para além do jogo, a entrevista coletiva e Tite irrita profundamente. O treinador já é demasiadamente didático e enrolão normalmente, quando o Flamengo ganha.

    Quando perde é um porre ainda maior, sobretudo pelo fato dele fugir das perguntas, não dando praticamente nenhuma resposta.

    Também não colabora que a maior parte dos questionamentos nesse tipo de evento seja em tom amigável demais. A maioria mirava o jogo contra o Palmeiras.

    A crônica e a reportagem esportiva precisa se ater ao presente também. A entrevista coletiva referia ao jogo SPFC 1×0 CRF, não a decisão da Copa do Brasil.

    E sobre os jogadores mais moços: BASTA de perseguir os meninos.

    Buscar criticar jogadores como Wesley, Matheus Gonçalves e Victor Hugo pode até ser necessário às vezes, mas nesse caso e nesse jogo é só covarde.

    É preciso que esses meninos sejam estudados, há gente fazendo gestão a respeito da transição da base para o profissional, o senhor Carlos Noval há de ser cobrado. Aliás, não só ele, mas toda a diretoria, que não se pronuncia minimamente em qual é a prioridade do time. Flamengo deve perseguir sim as três taças, mas há de se estabelecer prioridades, que no ideal desse analista, deveria ser o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores da América.

    O motivo de Victor Hugo ir mal por exemplo precisa ser verificado, talvez até com acompanhamento psicológico.

    Já Gonçalves foi inúmeras vezes pedido pela torcida. A mesma horda que na arquibancada clamava por ele acaba sendo injusta, reclamando que o menino não performa sensacionalmente.

    É preciso ter paciência e cobrar a quem é devido. Curioso como eles dois, Wesley (que também é bastante novo) e Allan são tratados como patinhos feios, enquanto Gabigol joga mal e é pouco falado, enquanto Fabrício Bruno às vezes marca jogadores do ataque adversário a uma certa distância, para conseguir dar um bote rápido, assim ganhando fama de “The Flash”… é sempre elogiado, funciona sempre, exceto QUANDO NÃO FUNCIONA, pegando emprestado o termo do meme.

    Não é muito oportuno reclamar de um zagueiro que sequer jogou ontem, mas fica o registro ranzinza aqui e a reclamação dos pesos e medidas injustos com alguns dos jogadores menos queridos.

    A conclusão que fica é que o Flamengo poderia ter perdido para o São Paulo com o time titular, mas dessa forma como foi, é incabível. O ideal era ter misturado mais, sobretudo no meio campo.

    Poderia ter começado ou com Gerson ou com Arrasca nesse, colocando o que “sobrou” na próxima partida na Allianz Arena.

    A partir daqui é ganhar contra o Palmeiras, jogo que obviamente não está decidido, apesar da boa vantagem. É bom que agora o time se mantenha vivo na Copa do Brasil, já que a priorizou, se não, a crise virá.

    Vamos Flamengo.

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