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    Flamengo empata com o Palmeiras e perde a chance de pegar a liderança, graças a péssima bola parada.

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    Em jogo equilibrado e bem disputado, Flamengo e Palmeiras empataram por 1 a 1, no Maracanã. Apesar das muita reclamações de parte da torcida, é fato que essa foi uma disputa franca, com boa partida de ambas equipes, tendo sido esse possivelmente o melhor jogo entre todos os confrontos entre rubro-negros e alviverdes no ano.

    O time de Tite veio com força máxima, escalou os melhores jogadores disponíveis, o que se considera o time titular, com Rossi, Wesley (Varela teve uma lesão no quadril, não ficou sequer no banco) Fabrício Bruno, Léo Pereira, Ayrton Lucas; Pulgar, De La Cruz, Arrascaeta e Gerson; Everton Cebolinha e Pedro.

    O adversário

    O time de Abel também foi com força máxima, certamente para preparar o time para a pedreira que terá na Libertadores, contra o Botafogo, no meio de semana.

    A postura do Palmeiras foi bem diferente em comparação com os confrontos recentes. O adversário jogou melhor, forçou mais jogadas pelo meio, especialmente com Maurício.

    Apelou claro para algum jogo aéreo, cruzou 11 bolas na área, bem menos do que foi na Copa do Brasil, onde foram jogadas 49 bolas no setor de Matheus Cunha.

    Para o que foi a partida, o resultado não foi injusto, mas o que irrita mesmo é que de novo o Flamengo teve a chance de sair com os três pontos em casa, mas não conseguiu.

    Dado que foi contra um adversário direto e com um rival histórico dos últimos anos, há de se relevar, exceto por uma questão que falaremos mais à frente.

    Polêmicas de arbitragem

    Como era de se esperar, boa parte dos torcedores rivais ficaram com olhos bem atentos no jogo do Flamengo, afinal, há sempre holofotes quando o Mais Querido joga.

    Dessa vez houve uma enorme grita da parte das outras torcidas sobre um lance de Erick Pulgar. Causou muito furor especialmente com os botafoguenses, que compararam o ato de revide do chileno, que ele havia sido agredido pouco antes e acabou perdendo a linha nesse lance.

    A reclamação ocorreu especialmente por quem defendeu o volante Gregore, que subiu em uma disputa com um jogador do Bahia, levantou o ombro em ato reflexo (ou seja, jogada limpa) mas depois cometeu uma infração, deixando o braço no rosto do adversário.

    Foi justamente expulso, ao menos segundo o ideal de cartão vermelho dessa geração atual que pratica o VAR brasileiro. Se esse é o critério usado normalmente, se é correto ou não, faz sentido ele ter levado a tarjeta rubra.

    Aos negacionistas alvinegros, não há qualquer pudor ou remorso em um jogador deles bater no rosto de outro jogador. Como foi com esse torcedor, que ama reclamar de arbitragem e acha, vaidosamente, que só o seu time é prejudicado pelos apitos. A arbitragem brasileira é infelizmente abaixo da linha da mediocridade.

    É claramente possível errar para todos os lados, com falhas grosseiras sendo distribuídas com tanta equidade que “quase” soa justa. Eu disse QUASE.

    Em um mundo ideal, os juízes de futebol errariam bem menos. Dito isso, a arbitragem de Wilton Pereira nesse Flamengo e Palmeiras foi ok, especialmente em comparação com o desempenho caseiro Daronco fez na Copa do Brasil.

    Sobre Erick, não é de hoje que ele perde a mão na agressividade. É bem comum que ele esteja carregado de faltas ou pendurado ou suspenso.

    Pulgar em Flamengo e Palmeiras Voz do Ninho
    Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon / Lance!

    É preciso ter cuidado e até uma atenção especial ao seu psicológico. Da próxima vez ele pode não ter tanta sorte e pode ser expulso.

    No entanto o que se vê é um largar de mão considerável da parte da comissão técnica a questões como essa. Não deveria ser assim

    Sobre o treinador e as bolas paradas

    Tite deve explicações, não só pela postura torta do jogo da volta na Copa do Brasil, mas também pela péssima recepção do time às bolas aéreas, seja qual for a dupla ou trio de zaga.

    É uma temeridade. Quando a bola é alçada na área, é um Deus nos Acuda ou é como Lamartine Babo descrevia os Fla-Flus: é um Ai Jesus.

    Adenor Bacchi ama colocar seus auxiliares para falar depois dos jogos e já que ele gosta disso, deveria colocar quem quer que seja responsável por esse tipo de treinamento para falar.

    É medonho, é temerário ver como a defesa do Flamengo é ineficiente e lambona. Viña erra, Fabrício Bruno e Léo Pereira também e a torcida consegue ser míope o suficiente para culpar apenas Allan, o volante que está em momento péssimo, mas que é tratado como bode expiatório.

    O erro é de planejamento? É Matheus Bacchi quem desenha as linhas de impedimento e as táticas de defesa em faltas e escanteios? Não é à toa que o apelido pejorativo dessa jogada é “linha burra”. Rony cabeceou livre, mesmo sendo um jogador que não é especialista na função.

    É sabido que o filho de Tite treinava as bolas paradas de ataque, mas não lembro (sinceramente) se era ele quem cuidava da defensiva. Se é, ele precisa primeiro falar a imprensa, consequentemente a torcida, sobre isso.

    Deve ter ainda mais cuidado em internamente consertar esse equívoco, que tanto irrita os amantes e adeptos do Flamengo e que compromete o futuro do time, especialmente nas competições de mata-mata.

    É algo tão óbvio que até surpreende que precise ser salientado.

    Agora é esperar as notícias sobre Everton Cebolinha, que talvez só volte ano que vem, além de Viña, que também saiu machucado. Em breve voltaremos a falar de ambos os casos.

    Também é preciso pensar na disputa da Libertadores. É preciso também ficar atento, por que dependendo do confronto das oitavas de final, o Palmeiras se torna o principal adversário a liderança do Brasileiro, até mais do que o Botafogo, que hoje é o primeiro colocado.

    O time do Abel jamais perde de vista seu objetivo vencedor.

    O trabalho de Artur Jorge é bom, mas ainda em início de jornada. Como os dois disputarão uma vaga entre os oito melhores da América do Sul, é capaz que um saia bem machucado da disputa.

    O Palmeiras está acostumado tanto a lamber as próprias feridas depois de um revés, como sabe seguir em uma frente dupla. Por isso abrir seis pontos de vantagem nos pontos corridos seria sensacional, até por conta da jornada flamenguista ser tripla, já que está vivo em todas as competições.

    O Botafogo obviamente está bem vivo, é preciso respeitar, é um bom elenco, com ótimos jogadores e um treinador em ascensão. É plenamente capaz de disputar cabeça a cabeça o título do Brasileiro, mesmo que caia na Libertadores, mas o time a ser batido é o atual bicampeão consecutivo.

    Enfim, é tentar se recompor e montar um time forte para pegar o Bolívar no Maracanã.

    Vamos Flamengo.

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