No Fala, Torcedor! de hoje, o Voz do Ninho traz a história de Haroldo Couto, um dos fundadores do Poder Jovem hoje chamada de Torcida Jovem do Flamengo.
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Filho de um torcedor do saudoso América-RJ, sua primeira vez no Maracanã, e onde se apaixonou pelo Flamengo foi em 1967, com apenas 10 anos.
“Fui ao Maracanã com amigos adultos que pediram ao meu pai para me levar. Era um Flamengo x Bangu… foi o primeiro jogo que fui e ali me apaixonei pela torcida, aquela energia toda e passei a frequentar com mais assiduidade, sempre no mesmo lugar, na Charanga, com meus amigos da rua em que morava.”
Porém, no começo do ano de 1967 com a venda da promessa Luís Carlos para o Vasco, o rumo da arquibancada Rubro-Negra estava prestes a mudar.
“Me envolvi com outro grupo, que quis fazer um protesto para o ex-presidente Luís Roberto Veiga Brito pela venda do Luís Carlos para o nosso arqui-rival Vasco, em uma quarta-feira de cinzas. Os líderes da Charanga pediram para que não fizéssemos o movimento de protestar com caixão, simulando um enterro do presidente ali, para não se envolver com a política do clube. Então fomos para trás do gol para fazer o protesto, um grupo de jovens no qual eu era o mascote e acabamos, sem querer, fundando o Poder Jovem, que dois anos depois veio a se chamar “Torcida Jovem”, contou Haroldo com exclusividade ao Voz do Ninho.
Ainda sobre o surgimento dessa nova torcida, Haroldo relembra que jamais imaginariam a proporção que isso teria.
“Ninguém podia imaginar né? O Pedro Paulo que foi o principal articulador, líder e financiador da compra das baterias, bandeiras, e todo o resto do grupo de liderança também, ninguém imaginava que fosse crescer e chegar no tamanho que chegou.”
Apesar de ter feito parte da fundação dessa nova torcida, alguns anos depois Haroldo se desligou da mesma. Segundo ele, já tinha dado seu momento.
“Tudo na vida da gente tem uma etapa, em 1977 quando eu saí, tinha 20 anos, já tinha contribuído. Desde 72/73 fui um dos líderes em puxar arquibancada, a bateria, o grito do Maracanã. Tudo na vida tem um ciclo e o meu acabou ali”, recordou.
Apesar de ter saído da torcida, Haroldo nunca se distanciou do Flamengo e anos mais tarde foi Diretor Social na gestão do Márcio Braga, e depois presidente do Conselho Fiscal na gestão do Luís Augusto Veloso.
“Com Márcio Braga fui Diretor social junto com meu amigo Álvaro Ayello, que era presidente da Falange na época. Tiramos o Baile Vermelho e Preto da Gávea e levamos para o Scala, dando uma nova roupagem ao Baile e o denominando então de: Baile de Gala do Vermelho e Preto. Trabalhamos meses antes para promover e garantir a explosão de sucesso, já que dentro da diretoria muitos vice-presidentes achavam um risco tirar o baile e levar para fora do clube. Mas deu super certo.
Colocamos a Cláudia Raia junto com Renato Gaúcho e Alexandre Frota (seu marido à época) como rainha e príncipes do baile, e explodiu!” concluiu.
Fotos: arquivo pessoal