Flamengo perde posições em ranking nacional
Nos últimos cinco meses, o Mais Querido registrou uma queda no número de sócios-torcedores adimplentes, impactando sua posição no ranking das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Segundo levantamento do Espião Estatístico, o Flamengo passou de 80 mil sócios, em julho, para 77,5 mil em dezembro, descendo do 5º para o 7º lugar na lista.
O ranking é liderado pelo Palmeiras, com mais de 197 mil sócios ativos, seguido por Atlético-MG, Internacional e Grêmio. O Flamengo aparece atrás de clubes como Cruzeiro e Botafogo, mesmo possuindo um número total de sócios que supera 300 mil, dos quais apenas 25% estão com os planos em dia.
DESAFIOS PARA O NOVO PRESIDENTE DO FLAMENGO
Com a posse de Bap na próxima quarta-feira, o clube busca reverter o cenário e melhorar o programa de sócios-torcedores a partir de 2024. O novo presidente assume com a missão de aumentar o número de associados e reduzir a taxa de inadimplência, um dos principais gargalos do programa.
Bap já possui experiência no setor, tendo sido responsável pela criação do programa de sócios-torcedores durante a gestão de Eduardo Bandeira de Mello. Na época, o dirigente defendeu políticas de ingressos mais caros para estimular a adesão dos torcedores ao programa, o que gerou polêmicas, mas também resultados positivos.
ESPECIALISTAS ANALISAM OS NÚMEROS DO FLAMENGO
Rodrigo Capelo, especialista em finanças esportivas, explicou que o ticket médio elevado pode ser um dos fatores que limitam o crescimento do programa. “O Flamengo continua com um número abaixo do que poderia, muito em função do ticket médio, que é mais alto. Isso dificulta a associação de um número maior de torcedores“, avaliou.
Ele destacou que um programa de sócios-torcedores eficiente deve equilibrar três indicadores principais: número de sócios, ticket médio e taxa de inadimplência. Mesmo com muitos associados, a ausência de mensalidades em dia ou valores baixos podem comprometer as receitas do clube.