O triste fim de um ídolo que só pensa em si!
Após um retorno exitoso em uma partida (SOMENTE uma, diga-se) ao bom futebol, o atacante ex-camisa 9, 10 e atual 99 Gabriel Barbosa conseguiu mais uma vez posar como alguém vaidoso e indigno na idolatria que recebe da torcida do Flamengo, já que em meio a glória de finalmente voltar a vencer um campeonato nacional, ele simplesmente usou os microfones da imprensa para anunciar que encerra seu ciclo no time.
Antes mesmo de levantar a taça da Copa do Brasil de 2024 já circulava a informação já havia sido dado em momento praticamente simultâneo, no site GE.
Ao jornalista: palmas, afinal, quem é da comunicação sabe que é preciso ter coragem e tino para conseguir informações exclusivas.
Se o repórter e apurador não tem (e não deve ter) responsabilidade com o Flamengo, ao menos Gabriel deveria ter, afinal, além de ídolo ele é empregado da instituição.
Insensibilidade ou emoção? Fica a dúvida!
Há de relevar que ele poderia estar emocionado, por isso resolveu em um momento de glória coletiva e sua – afinal, fez metade dos gols do time na finalíssima – para anunciar que esses são seus últimos momentos com a camisa rubro-negra.
Ele não pareceu estar absolutamente triste, não verteu lágrimas ou pareceu para baixo, estava genuinamente feliz e pode ser que de fato estivesse consternado, afinal, cada pessoa reage da sua própria forma a luto ou a sentimentos ruins e bons.
Ele poderia estar triste e não chorar, embora não parecesse, mas a sensação que fica é: Gabriel, mais uma vez, tentou trazer os holofotes para ele e conseguiu, prova disso é esse texto e todos os canais de resenha e análise esportiva terem sido pautados por isso.
Last Dance? O que significa?
Nas palavras de Gabriel Barbosa, essa pode ser a sua “Last Dance”. Para o leitor não aficionado por basquetebol, durante a pandemia foi lançada uma série em formato documentário, sobre a última jornada de Michael Jordan no Chicago Bulls.
No Brasil ela recebeu o péssimo nome de Arremesso Final, mas no original era Last Dance, ou seja, a Última Dança mesmo, o último momento de brilho do maior jogador de basquete da história, do Pelé da Bola Laranja, a última oportunidade do mágico Bulls de brilhar na ribalta da NBA.
Coincidência ou não o time rubro-negro de Chicago jamais ganhou um título após a tal última dança. Seria esse o recado subliminar de Gabi, sobre o Flamengo não ter capacidade de ganhar títulos sem ele?
Talvez, mas, acreditamos que não.
Pareceu que de fato Gabriel queria se referir a última final que disputou com a camisa flamenguista. Ele considera que esse foi o seu último ato, a facada final no bucho do vilão, do adversário alvinegro, nessa jornada do herói trôpego que Gabriel atualmente é, por mais que ele não se enxergue assim.
O Ano acabou? Está parecendo que sim!
Para todos os efeitos, a realidade é que pela dignidade do time, pela tradição, pelo dinheiro de premiação – Flamengo ano que vem terá muitos gastos para reforçar o time ao Mundial sem pelo menos Pedro e Viña, fora custos do estádio – e pela chance matemática de ainda poder ganhar o campeonato brasileiro, não é certo abdicar dos jogos que restam.
Ao contrário do que Gabriel falou, não tem curtição. Não deveria pelo menos, tem trabalho.
Se Barbosa quer sair de modo digno do Flamengo, tem que jogar bem no que resta de contrato, até para gerar saudades, pois sair por cima ele pode até sair, afinal, o torcedor médio tem (ou pode ter) memória curta, mas a realidade é que em 2023 e 24 ele fez duas boas partidas: A Supercopa do ano passado contra o Palmeiras, que o Fla perdeu por 4 a 3 e o primeiro jogo da final, onde ele fez pivô, deu passe, criou jogadas e marcou dois gols, depois de mais de um turno sem marcar de bola rolando, lembrando que o último tento que não foi de pênalti, havia sido no Vasco, no 6 a 1.
Gabriel não jogou bem os últimos meses, possivelmente os 23 últimos. Ele pode até reclamar que Tite não gostava dele, possivelmente não gostava mesmo, mas ele não apresentou predicados para contradizer o ex-comandante.
Aliás, críticas à parte, Tite recuperou Everton Cebolinha, valorizou Wesley e Luiz Araújo, transformou Gerson em capitão e potencializou ele e ajudou a despertar Pedro para a fase mais artilheira de sua carreira.
Ele cooperou e muito com esse título, foi aquém em quase todos os outros torneios, mas na Copa do Brasil foi irrepreensível.
Gabriel Barbosa não conseguiu se criar e só foi bancado por conta de ser amigo do atual treinador. A aposta de Filipe Luís deu certo, pois ele liberou Bruno Henrique em alguns jogos do Brasileiro para jogar melhor flutuando e não como referência, além de ter gerado o único momento de brilho de Gabi no ano, o que justifica o apelido Gabigol.
Fato é que artilheiro em decisões não precisa ser um jogador caro. Lê e Jean foram decisivos no Flamengo, Breno Lopes e Deyverson também fizeram no Palmeiras. Nenhum deles é comparado a Zico ou Leando, ou Ademir da Guia e Marcos. Cada um em seu quadrado.
Enfim, futuramente talvez falemos sobre os feitos e sobre os enormes vacilos de Gabriel, mas ao menos pontuamos esse último.
Agora é focar no Brasileiro para tentar roubar o título do Botafogo. É improvável, claro, mas o imponderável pertence ao futebol e ao Flamengo resta acreditar e seguir o rumo das palavras de Lamartine Babo: Vencer, vencer, vencer.
Vamos Flamengo!