Os sete erros do Flamengo que levaram à eliminação na Libertadores 2024
O Flamengo está oficialmente fora da Libertadores de 2024, adiando novamente o sonho de conquistar o tetracampeonato continental. Após uma campanha abaixo das expectativas, o clube foi eliminado nas quartas de final pelo Peñarol, encerrando sua trajetória com um aproveitamento de apenas 46,6%. Em meio a críticas e frustrações, a eliminação é reflexo de uma série de erros estratégicos e táticos que marcaram a participação do time na competição. Abaixo, o GE listou os sete principais equívocos que contribuíram para a queda precoce do Rubro-Negro.
1. DESVANTAGEM NA FASE DE GRUPOS
Assim como o Peñarol, o Flamengo terminou em segundo lugar em seu grupo, mas a diferença de dois pontos em relação ao time uruguaio fez com que o Rubro-Negro decidisse o confronto das quartas de final fora de casa. Um dos momentos cruciais aconteceu logo na estreia, quando o Flamengo vencia o Millonarios, na Colômbia, por 1 a 0, e tinha um jogador a mais em campo. No entanto, cedeu o empate, um tropeço que, somado a outros resultados, comprometeu sua posição na tabela.
2. POUPAR JOGADORES EM MOMENTOS DECISIVOS
Uma das decisões mais questionadas foi a escolha do técnico Tite e sua comissão técnica de poupar cinco jogadores titulares no confronto contra o Bolívar, em La Paz. Nomes como Varela, Ayrton Lucas, Erick Pulgar, Arrascaeta e Pedro foram preservados, e o time acabou derrotado por 2 a 1. Esse resultado foi um dos que custaram caro ao Flamengo, já que o tropeço logo na estreia dificultou a recuperação ao longo da fase de grupos.
3. DEMORA NA JANELA DE TRANSFERÊNCIAS
Outro erro estratégico foi a demora para reforçar o elenco durante a janela de transferências. O Flamengo contratou quatro jogadores – Michael, Plata, Alex Sandro e Alcaraz – no entanto, as aquisições chegaram apenas no final do período, o que impediu uma adaptação rápida e eficaz. O caso mais emblemático foi o de Alcaraz, a contratação mais cara da história do clube, que sequer entrou em campo no jogo decisivo contra o Peñarol.
4. FALTA DE SUBSTITUTO ADEQUADO PARA PEDRO
A lesão de Pedro, que rompeu o ligamento do joelho esquerdo durante um compromisso com a Seleção Brasileira, foi um dos maiores golpes sofridos pelo Flamengo nesta campanha. Após o encerramento da janela de transferências, a diretoria optou por não buscar um substituto imediato, apesar da oferta de Memphis Depay. A aposta em arriscar com o elenco disponível não deu resultado, e a ausência de um centroavante à altura prejudicou o setor ofensivo do time.
5. MUDANÇAS TÁTICAS PARA O JOGO CONTRA O PEÑAROL
Na partida de ida das quartas de final contra o Peñarol, no Maracanã, Tite fez uma alteração que não surtiu o efeito esperado. O técnico optou por tirar Léo Ortiz, que vinha sendo um dos destaques atuando como volante, para escalar De La Cruz, que voltava de lesão. A mudança não funcionou, e o Flamengo acabou derrotado por 1 a 0 dentro de casa, complicando ainda mais a situação para o jogo de volta.
6. FALTA DE REPERTÓRIO OFENSIVO
No segundo jogo contra o Peñarol, Tite voltou com Léo Ortiz no meio-campo, mas o time continuou demonstrando dificuldades para criar jogadas ofensivas. Das 11 finalizações realizadas, apenas duas acertaram o alvo, evidenciando a falta de criatividade e eficiência do ataque rubro-negro. A equipe tem encontrado dificuldades em balançar as redes, com apenas quatro gols marcados nos últimos jogos.
7. QUEDA DE RENDIMENTO DOS PRINCIPAIS JOGADORES
Além da ausência de Pedro, outros craques do elenco, como Arrascaeta e De La Cruz, também enfrentaram problemas físicos e queda de rendimento. Bruno Henrique e Gabigol, que já foram decisivos em campanhas anteriores, não conseguiram repetir o desempenho que os consagrou no clube. A soma desses fatores contribuiu para um Flamengo que, longe de seu melhor momento, viu o sonho do tetra se afastar mais uma vez.